Bem vindo ao blog

O Blog compartilha informações ambientais e sócio-políticas, dicas de decoração sustentável e divulgação de projetos e eventos relacionados ao meio ambiente. Qualquer dúvida, sugestão ou parceria entre em contato!

Lixões no Oceano

Há pelo menos 5 ilhas de lixo no oceano e uma delas tem tamanho equivalente aos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos! Clique e saiba mais.

Veja a lista de 8 incríveis lagos rosas do planeta

Os lagos rosas têm se popularizado entre turistas e fotógrafos do mundo. Sua cor impressionante ocorre graças a presença de microalgas como a Dunaliella salina que vive em locais com altos níveis de concentração de sal.

O tabagismo e os danos ele que causa à saúde e ao meio ambiente

A fumaça e as bitucas jogadas no chão podem causar danos ao meio ambiente, como a contaminação da água, que pode ocorrer caso a nicotina e as substâncias presentes no alcatrão atinjam lençóis freáticos, rios e lagos

Faça um comedouro para passáros com materiais simples

Clique e veja mais dicas de reaproveitamento.

A importância dos alimentos orgânicos

Produto orgânico é o resultado de um sistema de produção agrícola que não utiliza agrotóxicos, aditivos químicos ou modificações moleculares em sementes. Nutricionista explica qual a sua importância no nosso dia-a-dia.

25 de julho de 2014

26 de Julho - Dia Mundial dos Manguezais


Os manguezais são considerados como floresta a beira do mar, onde águas de rios desaguam no mar e o regime de marés determina ausência ou presença destes.
"O manguezal é fruto do namoro entre o rio e o mar. Quando o rio vem beijar o mar, nasce o manguezal"
Os manguezais são ambientes estuarinos especiais, caracterizados por apresentarem densa vegetação de halófitas (plantas que vivem em condições salinas). A densidade das espécies de mangues (Avicenia schaueriana, A. germinans, Laguncularia racemosa, Rhizophora mangle) e as condições naturais dos estuários dão aos manguezais uma condição única de uma eficiente "armadilha de nutrientes"; aí, a decomposição da matéria orgânica é feita por bactérias anaeróbicas que, desprendendo grande quantidade de ácido sulfúrico (H2S), conferem odor característico a estes ambientes.

A maioria dos nutrientes dissolvidos permanece presa neste estuário (em função de um maior tempo de residência), em vez de ser carregada para o mar, criando condições para que funcione como um "berçário" para espécies que têm valor comercial, como os camarões, lagostins, moluscos e peixes.

Infelizmente hoje grande parte da população vê este ecossistema como um lugar fétido, sujo, insalubre e sem utilidade agrícola. Tal posicionamento resulta em desmatamento, aterramento e drenagem dos manguezais, com a morte de milhares de espécimes.

Principais desafios:

Ocupação humana
A ocupação imobiliária deste ecossistema ocorre de duas formas. Geralmente classes financeiramente estáveis desmatam, aterram e ocupam este ambiente pela boa localização, afinal manguezais ficam de frente para uma área marítima tranqüila, com visão paradisíaca e sem vizinhança. Por outro lado, as classes miseráveis, por reflexo dos problemas sociais, vão para este local por falta de opção de moradia e constroem casebres sem infra-estrutura, sofrendo com as intempéries da região.
Contudo, não é só a ocupação do manguezal em si que resulta em muitos problemas, a intensa utilização das regiões próximas geralmente é acompanhado de aumento no despejo de resíduos, o que leva a um grande desequilíbrio neste ecossistema. Historicamente, o descarte de resíduos (esgoto e lixo) é feito em rios e mares. Tal posicionamento atinge diretamente este ecótono (ambiente de transição). Muitas cidades brasileiras construíram ou ainda constroem lixões e aterros sanitários em manguezais, acreditando que o forte odor liberado pode ser justificado pelo ecossistema e não pelo mau condicionamento dos resíduos.
Foto: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2004-2/palafitas/favela.htm
Favela da Maré, Parque Roquete Pinto: Surgiu através de uma série de aterros realizados pelos próprios moradores, a partir de 1955, às custas do manguezal. O processo de urbanização sumiu aos poucos com as palafitas e deu lugar a domicílios de alvenaria.
Matéria em que se mostra os desafios do manguezal em Guaratuba e a construção de um iate club e marina com licenciamento ambiental e autorização da prefeitura.

Em Cubatão já foram detectadas no passado 320 fontes poluidoras do ar, da água e do solo. Lançavam-se 64 toneladas de poluentes por dia nas águas do mangue, incluindo 4.000 quilos de metais de difícil dissipação na natureza, como mercúrio, cromo e zinco. O despejo é hoje 5% do que era. Devido aos gases e aos despejos da indústria química ali instalada, a região era considerada nos anos 80 um dos lugares mais poluídos do mundo. Mas o mangue que o homem poluiu e arrasou com as dragagens renasceu nesses últimos 10 anos (em que houve diminuição significativa da poluição) transformado num grande viveiro para mais de oitenta espécies de aves aquáticas, algumas delas vindas do Hemisfério Norte.  Fonte: Veja Dez/2000 , Os Guarás Vermelhos viraram principal atrativo turístico, leia mais em Virtude.
Carnicicultura e pesca de arrasto
A carcinicultura arrasou o litoral africano e vem destruindo a costa da América do Sul. No Brasil, a atividade está proibida em manguezais sem ter licenciamento, pois além do desmatamento a atividade utiliza muitos biocidas para evitar a invasão de algas e moluscos nas “gaiolas” dos camarões. Já a pesca predatória, como a de arrasto, além de acabar a fauna marinha capturada, que não é aproveitada pelos pescadores, revolve o solo e destrói a fonte de recursos dos pescadores artesanais.

Atividades portuárias e industriais
As atividades mais destrutivas aos manguezais brasileiros são as industriais e portuárias. Indústrias frequentemente se localizam perto de rios e manguezais para descartar os resíduos produzidos (principalmente tinturas e metais pesados). Tal descarte deveria ser tratado e controlado, porém não é o que acontece. Já os portos necessitam de águas calmas para o atracamento dos navios, estes locais geralmente são baías, onde há manguezais. Os impactos causados pela presença de portos incluem a contaminação da água e dos animais (por resíduos, água do lastro e outros), a possibilidade de doenças trazidas de outros locais e o estresse por ruídos e poluição do ar.

Matéria falando sobre os mangues do litoral norte em Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela. Pessoalmente fiquei muito triste ao conhecer os mangues de São Sebastião pelo abandono e quantidade de lixo, e de Ilhabela por estar desaparecendo cada vez mais, para dar lugar a praias, marinas etc. É possível observar um pedaço de ambos ao atravessar o canal de São Sebastião de balsa, pela entrada de pedestres.

24 de julho de 2014

Chinelos velhos viram brinquedos na África e já tiraram mais de 400 toneladas de lixo do Oceano

Desde que a conservadora marinha Julie Church criou a ONG Ocean Sole, todo lixo retirado das praias - principalmente chinelos de borracha - é transformado em brinquedos, bijuterias e objetos de decoração

Faz tempo que nossos oceanos foram transformados em depósitos de lixo. Plásticos, papéis, borrachas e outros materiais são jogados nos rios, lagos e mares e afetam os ecossistemas, contaminando a qualidade da água que consumimos e matando os animais, só para citar alguns problemas.

Tem gente que pensa que tudo isso está muito longe de afetar a sua vida, mas não está não! Pensando nisso e inconformada com a quantidade de lixo encontrada nas praias do Quênia, país onde nasceu, a conservadora marinha, Julie Church, incentivou um grupo de mulheres que vivem na região costeira a produzir coloridos brinquedos para a criançada a partir de chinelos descartados e esquecidos pelos banhistas.

O tempo passou, a equipe cresceu - vários homens também se juntaram ao grupo - e além dos brinquedos, começaram a fazer esculturas gigantes, bijuterias e objetos de decoração e a vendê-los no mundo inteiro com a marca da ONG Ocean Sole. Com isso, os moradores locais ganharam uma boa fonte de renda e tiraram das praias cerca de 400 mil quilos de borracha por ano. Já imaginou? Por causa da iniciativa da Julie, a vida da população local mudou para melhor. Isso prova que qualquer pessoa pode fazer a diferença onde quer que esteja.

Maureen Atineo, que faz parte do projeto que reúne cerca de 100 pessoas, disse que, antes, ela e a família passavam fome. É o caso de Eric Mwandola, que também viu sua vida mudar radicalmente depois que começou a reciclar os chinelos, há seis anos. Eric conta que não conseguia comprar sapatos para ir trabalhar "hoje não falta comida, nem roupa e as crianças ainda vão à escola".

Tem mais um detalhe bacana: por conta do treinamento que recebem, todos os participantes da Ocean Sole se tornaram mais conscientes com relação ao meio ambiente. Os organizadores da ONG acreditam que, ao aprender sobre a importância da biodiversidade marinha e da reciclagem, as pessoas envolvidas se tornam mais responsáveis por suas vidas e pelo ambiente em que vivem.

Jackson Mbatha, artista que também recicla os chinelos, diz que a educação é a coisa mais importante que a ONG promove: "Meu segundo filho está aprendendo a trabalhar com esse material e parece bastante interessado em ajudar o meio ambiente, assim como eu".








Fonte: Meu planetinha e Razões para Acreditar

7 de julho de 2014

Projeto reaproveita celulares velhos doados e ajuda na luta contra desmatamento


Para aproveitar smartphones antigos, a organização americana Rainforest Connection usa os dispositivos que recebe por doação como sensores acústicos para detectar derrubada de árvores em florestas tropicais.

Em entrevista por e-mail à Folha, o fundador da ONG, Topher White, disse que trará a iniciativa à Amazônia brasileira ainda neste ano –até agora, o projeto está só na ilha de Sumatra (Indonésia).

A Rainforest Connection "turbina" os celulares com recarga solar e proteção contra impactos e umidade. Por meio de um aplicativo, se o microfone detecta especificamente som de motosserras, o celular envia um SMS à guarda florestal, que pode intervir.

O grupo está angariando verba para a expansão para o Brasil e para a bacia do rio Congo, na África (veja como doar dinheiro ou um celular em bit.ly/florestatropical).


"Poderíamos encomendar equipamento específico, mas a verdade é que celulares são extremamente eficientes e capazes, e podemos obtê-los de graça", diz White. "Simultaneamente, reduzimos o descarte de eletrônicos. Se os telefones não estiverem quebrados (ou mesmo se estiverem) e puderem servir para algo, não há razão para jogá-los fora."


Outras funcionalidades e reutilizações para os Smartphones

Além de doar ou vender, há diversas outras aplicações para um celular antigo total ou parcialmente em funcionamento, como torná-lo uma câmera de segurança ou rastrear por GPS um membro da família, por exemplo.

Outro projeto que se vale de celulares doados é o Medic Mobile, que usa mensagens de texto para auxiliar profissionais de saúde ou líderes comunitários de áreas pobres para situações de emergência.
O Brasil não está na lista dos 21 países (e 2 milhões de pacientes) atendidos, mas será um dos próximos a receber apoio do Medic Mobile, que usa para distribuir as mensagens o software de código aberto FrontlineSMS.
"Sabemos que há populações isoladas no país e que essas pessoas quase não têm acesso ao sistema de saúde", diz Amanda Yembrick, gerente da ONG para a América Latina. "Estamos identificando parceiros para lançarmos nossos programas aí, em especial o de saúde materna."
A ONG aceita até doação de celulares quebrados (hopephones.org).

Lixo eletrônico

"Ter carro do ano" é uma expressão que pode muito bem ser substituída, nos dias atuais, por "ter o último iPhone". Segundo pesquisa do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), 81% dos brasileiros trocam de celular em menos de três anos, gerando um sem-número de aparelhos funcionais e abandonados.

Segundo um analista da consultoria especializada em tecnologia IDC, contudo, a taxa indicada pelo estudo é conservadora. "Seguimos a média dos EUA, com donos de smartphone trocando de aparelho entre 18 meses e 20 meses", diz Reinaldo Sakis, gerente da área de produtos de consumo na empresa.

Celulares convencionais ficam obsoletos ainda mais rapidamente. "No 13º mês de um aparelho simples, ele já é extremamente velho, e o consumidor é forçado a trocar."

6 de julho de 2014

O Café e o Jacu: Como essa ave passou de vilã dos produtores à responsável pela valorização do produto

O Jacu (Penelope sp.) é o principal responsável pela produção do Jacu bird coffee (café do jacu), considerado um dos melhores cafés do Brasil. A ave, semelhante à galinha, era um problema para a Fazenda Camocim, localizada na região da Pedra Azul (Espírito Santo), próxima a uma mancha de Mata Atlântica. Os jacus, invadiam a plantação para se alimentar dos melhores frutos do cafezal. O transtorno era tão grande que os proprietários pediram autorização do governo para controlar a população dos animais.
Jacu (Penelope sp) – Foto de Eurico Zimbres/ Wikimedia Commons
Foi então que os fazendeiros ouviram a história do Kopi luwak, o café mais caro do mundo, produzido na Indonésia a partir dos grãos colhidos das fezes da civeta (Paradoxurus hermaphroditus), uma espécie de carnívoro do tamanho de um gato.
Civeta (Paradoxurus hermaphroditus) – Foto de Tigrou Meow/ Wikimedia Commons
O segredo está na “etapa especial” de fermentação das sementes, que acontece dentro do sistema digestivo do animal. Esse processo transforma as propriedades do café e lhe confere um sabor único. Mas a coleta das sementes é complicada: é preciso pegar as fezes do bichinho e lavar os grãos antes de torrá-los.
As fezes do jacu
A partir daí surgiu a ideia de fabricar o Jacu bird coffee, que se tornou reconhecido internacionalmente. A produção é direcionada para a exportação, porém o café do jacu pode ser encontrado em algumas lojas do Brasil.

Os amantes do café podem experimentar essa excentricidade em Santos, no Museu do Café. Se gostar da iguaria, prepare o seu bolso: 250 gramas de jacu bird coffee podem custar mais de R$ 100!
Fonte: National Geographic Brasil

Infelizmente na Indonésia a obtenção do café Kopi luwak (o mais caro do mundo) não tem sido tão selvagem como dizem. Algumas casas de café da Indonésia mantêm os Civeta confinados em pequenas gaiolas se alimentando exclusivamente do fruto do café e água. Suas fezes são coletadas diariamente para produção do pó do café.
Esperamos que não ocorra nada parecido com nossos Jacus.
“Nós levamos um ano e meio para dominar a técnica de fazer bebida boa a partir de cocô de passarinho”, comenta Henrique Sloper, dono da fazenda Camocim e detentor da patente do café. Segundo ele, foram interceptadas em Minas tentativas de produtores de copiar a técnica desenvolvida na fazenda, mas de forma errada, com os jacus presos em cativeiro. “Ficamos sabendo que alguns produtores estavam tentando prender o jacu e ensiná-lo a comer café. Mas não foi assim que aconteceu na nossa fazenda, onde o processo nasceu naturalmente”

Política de Direitos Autorais

Este blog respeita os direitos autorais e busca citar sempre as fontes de onde foram retirados os textos e imagens. Peço a gentileza que avisem caso ocorra alguma violação dos direitos autorais.