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13 de agosto de 2013

A história e importância da amamentação

Esse post faz parte da 2º edição da blogagem coletiva Porque sou ativista da Amamentação? promovido pelo blog Desabafo de Mãe a convite do blog Luz de Luma

Eu ainda não sou mãe, mas sou ativista da amamentação e agradeço minha mãe por ter cedido até por mais tempo do que o necessário (até meus 2 anos e meio) seu leite materno. Hoje em dia estou esbanjando saúde! Em contrapartida quando minha irmã caçula nasceu minha mãe estava com problemas de saúde e não pode amamentá-la da mesma forma, e vi ela passar grande parte da infância sendo internada por problemas respiratórios, infecções, com tendência a obesidade. Claro que há outros fatores que contribuíram para o desenvolvimento desses problemas de saúde, obviamente eu também fiquei doente algumas vezes como toda criança, mas a minha recuperação sempre foi rápida.
O leite materno confere ao recém nascido a imunidade inicial, pois ao sair do útero da mãe ele começa a ser colonizado pelas bactérias tão comuns em nosso corpo. Quando o bebê ingere o leite materno, está ingerindo juntamente Imunoglobulinas e outras células de proteção da mãe. Essa proteção inicial ajuda também a evitar doenças alérgicas. Quer proteger seu filho, então amamente-o!
Há quem reclame da questão estética, mas posso garantir que minha mãe em seus 50 e poucos anos e após 3 filhos ainda está "inteirona" !
E como o blog fala sobre sustentabilidade vou citar a blogueira Ana Cláudia Bessa do blog Futuro do Presente que diz o porque de o aleitamento materno ser também uma condição básica para ser uma mãe sustentável: “Posso listar uma série de benefícios: o leite materno não precisa de embalagem, o que não gera resíduos ao meio ambiente; não gasta energia elétrica para ser aquecido, pois vem na temperatura ideal; economiza água, utilizada num processo industrial para produzir leite e a embalagem; vem na quantidade certa, o que evita desperdícios, e as sobras podem ser doadas a bancos de leite; e evita o consumo de mamadeiras plásticas” - Update

Fatos e dados históricos sobre as mulheres e a amamentação

Artefatos arquelógicos comprovam que as mulheres sempre procuraram substitutos ao aleitamento materno, não sabemos os motivos e causas para essa procura mas há registros de uso da mamadeira pelos gregos e italianos datados de 4.000 A.C. A partir do século XVI sabe-se através de diários particulares que as mulheres amamentavam seus filhos, mas no século XVII a situação mudou: as crianças passaram a ser consideradas seres imperfeitos, gerados pelo pecado original e por isso desprezadas e até mesmo abandonadas. A rainha Victoria (1819 - 1901) que teve nove filhos, achava a amamentação no seio nojenta e dizia que era a "ruína" das mulheres refinadas.
Instituiu-se por toda Europa entre as mulheres de classe alta o costume de enviar seus filhos para serem amamentados por amas-de-leite, costume que chegou ao Brasil na época de colonização. Logo as escravas negras ama-de-leite influenciaram essa alimentação ao incluir na dieta das crianças alimentos semi-sólidos.
Em meados do século XVIII,a mortalidade infantil cresceu em toda Europa e foi justificada pelos sanitaristas pela entrega das crianças aos cuidados das amas-de-leite, começou-se a tentar abolir este costume. O médico inglês Cadogan defendia o aleitamento natural, fixando horários regulares durante 24 horas, para as mamadas, que deveriam ser em número de quatro apenas, iniciando assim, a rigidez de horários para o aleitamento materno, que ainda hoje é seguido por algumas mulheres. Mas muitas mulheres ainda recusavam-se a amamentar e médico inglês Underwood faz em 1784 a primeira recomendação para se utilizar o leite de vaca ao invés do leite humano.
As transformações sociais, econômicas, científicas e políticas ocorridas no século XVIII ao XIX passaram a recolocar as mulheres como cuidadoras e responsáveis pela sobrevivência da prole. Acreditava-se que toda mulher é anatomicamente e fisiologicamente capacitada para amamentar seus filhos. Nesse contexto surgiu a noção de “leite fraco” no início do século XX como justificativa para desmame, argumento que era reconhecido cientificamente, que não tornava as mulheres culpadas pelo fracasso na amamentação diante da sociedade e dos profissionais de saúde e que é usado até hoje.
Com a descoberta, em 1838, que o leite de vaca era mais rico em proteína do que o leite materno, o discurso em favor do leite de vaca passou a prevalecer nas questões sobre nutrição. A partir daí, as descobertas do leite condensado, da evaporação do leite de cabra e o estudo da composição do leite humano favoreceram a produção do leite artificial e, nas primeiras décadas do século XX, as indústrias americanas já se destacavam na produção do substituto do leite materno.
No período de 1961 a 1973 o desmame precoce, associado a outros fatores como a má nutrição infantil, elevaram a taxa de mortalidade infantil em até 45% em nosso país. Desde então houve diversos movimentos para incentivar a retomada do aleitamento materno e em 1981 o governo implantou o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno seguido posteriormente de outras ações como: início da implantação da Rede de Bancos de Leite Humano (1985); modificação na Constituição Brasileira em 1988, ampliando para 120 dias a licença maternidade, (atualmente ampliada para 180 dias - sancionada pelo governo federal em 2008) e garantindo ao pai o direito a cinco dias de licença paternidade; aprovação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, a World Alliance for Breastfeeding Action (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) cria em 1992 a comemoração da Semana Mundial do Aleitamento Materno ; a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro lança em em 1999 a Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM), recebendo em seguida, investimentos do Ministério da Saúde, para aperfeiçoar e viabilizar a sua implementação em todo o país. Em 2008 foi lançado pelo Ministério da Saúde o projeto Rede Amamenta Brasil, também voltada para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno na rede de atenção básica.
Com essas políticas e programas o tempo médio de aleitamento materno que em 1970 era de de 2.5 meses, de acordo com a última pesquisa do Ministério da Saúde, aumentou um mês e meio de 1999 a 2008, passando de 296 para 342 dias (11 meses). Segundo a pesquisa 41% das crianças menores de seis meses recebem exclusivamente leite materno e 67% mamam na primeira hora de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualmente recomenda o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e a amamentação complementar até os 2 anos.
Em 2013, o Ministério da Saúde promete investir R$ 7 milhões em procedimentos realizados pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Outros R$ 746 mil devem ser utilizados para a construção de cinco novos bancos de leite e R$ 3,9 milhões para a reforma de 53 unidades.

Resumo do artigo: O aleitamento materno enquanto uma prática construída. Reflexões acerca da evolução histórica da amamentação e desmame precoce no Brasil
Autores: Monteiro J.C.D., Nakano A.M.S., Gomes F.A. Revista Investigación y Educación en Enfermería 2011;29(2): 315 - 321

"Tão importante quanto amamentar seu bebê é ter alguém que escute você" Slogan da campanha da amamentação realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
A ação pretende destacar a importância da capacitação de profissionais para atender mães em todo Brasil e garantir o aleitamento até os 2 anos. Ela tem como padrinhos o ator Marcelo Serrado e a esposa, Roberta Rodrigues, pais dos gêmeos Guilherme e Felipe.

A importância da amamentação

A amamentação exclusiva até o 6 meses é a estratégia mais eficaz na redução da mortalidade infantil. Estima-se que ações de promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável sejam capazes de diminuir, respectivamente, em até 13% e 6% a ocorrência de mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo.
Segue abaixo alguns itens selecionados pela revista Crescer sobre os benefícios da amamentação:

Amamentar seu filho só faz bem!
1. Fácil de ser digerido, o leite materno provoca menos cólicas nos bebês.


2. Colabora para a formação do sistema imunológico da criança, previne alergias, obesidade e intolerância ao glúten.
3. Contém uma molécula chamada PSTI, responsável por proteger e reparar o intestino delicado dos recém-nascidos.
4. O momento da amamentação aumenta o vínculo entre mãe e filho e colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas.
5. Previne a anemia.


6. A sucção ajuda no desenvolvimento da arcada dentária do bebê.
7. O ômega 3, presente no leite materno, ajuda no desenvolvimento e crescimento dos prematuros nos primeiros meses de vida.
8. Ajuda no desprendimento da placenta, contribuindo para a volta do útero ao tamanho normal. Com isso, também evita o sangramento excessivo e, consequentemente, que a mãe sofra de anemia.
9. Protege a mãe contra o câncer de mama e de ovário.
10. Amamentar reduz o risco de a mulher desenvolver síndrome metabólica (doenças cardíacas e diabetes) após a gravidez, inclusive para aquela que teve diabetes gestacional.


11. A amamentação dá às mães as sensações de bem-estar, de realização, e também ajuda a emagrecer, pois consome até 800 calorias por dia (mas dá uma fome...).
12. É de graça, natural, prático, e não desperdiça recursos naturais.
13. Está sempre pronto para ser transportado e ingerido (não precisa nem aquecer).
14. Protege a mãe contra doenças cardiovasculares no futuro.
15. Bebês que mamam exclusivamente no peito até os seis meses têm menos risco de desenvolver asma e artrite reumatoide e recebem uma proteína que combate vírus e bactérias do trato gastrointestinal.
16. Além de todos esses, é durante a amamentação, naquele momento só seu e dele, a cada trocar de olhar, que o vínculo vai se formando para sempre! Aproveite!

5 de agosto de 2013

Os insetos podem ser a principal fonte de alimentação no futuro

No ano passado, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) começou a incentivar, oficialmente, a inclusão de insetos na dieta, hábito chamado de entomofagia e em 13/05/2013 lançou um programa com o objetivo de incentivar a criação de insetos pra combater a fome.

O motivo desse incentivo é que a organização estima que até 2050 o consumo global de carne deverá dobrar, mas esse alimento se tornará mais caro e raro, a ponto de ganhar status de item de luxo. Atualmente a criação de animais de corte tradicionais já ocupa dois terços das terras disponíveis para produzir alimentos. Alimentá-los também é um problema futuro: o frango consome 2,2 quilos de alimentos para adquirir 1 quilo de proteína animal, o porco (3,6 quilos), o carneiro (6,3 quilos) e a vaca (7,7 quilos), em comparação os grilos consomem apenas 1,7 quilo de alimento. Estudos têm demonstrado que a “carne” dos insetos contém quantidades de proteínas e lipídeos satisfatórias e são ricas em vitaminas, principalmente a B, e minerais, como ferro e cálcio.  Por exemplo, a formiga da espécie Atta cephalotes (tanajura) possui mais proteínas (42,59 %) do que a carne de frango (23 %) ou bovina (20 %).
Bombons são feitos com farinha de inseto pela empresa francesa Micronutris
Atualmente no Oriente há vários povos se alimentam de gafanhotos; certos nativos africanos comem formigas, cupins, larvas de besouros, lagartas e gafanhotos. No Ocidente, a maioria dos relatos sobre o hábito de se alimentar de insetos refere-se a tribos indígenas.
O México é o país do continente americano com mais relatos na literatura sobre insetos comestíveis, já tendo sido registradas mais de 500 espécies. No caso do Brasil, apesar da pouca divulgação para o público em geral, ao redor de 100 espécies de insetos já são utilizadas como alimento, especialmente por povos indígenas, a mais comum é a formiga tanajura, que é um alimento relativamente tradicional em áreas do interior de Minas Gerais e do Nordeste, em forma de farofa. Outro inseto conhecido é a larva do besouro Pachymerus nucleorum , que se instala dentro de frutos, e que por isso também é conhecida como “larva do coquinho”. Seu consumo faz parte de brincadeiras na zona rural e de treinamentos de sobrevivência na selva.. Se formos considerar vários grupos étnicos em todo o mundo, quase 1.800 espécies de insetos já foram relatadas como comestíveis.

Pão de queijo recheado com larvas (Foto: Eraldo Costa Neto/G1)
No Brasil a empresa Nutrinsecta é especializada na produção de insetos para a alimentação de animais. Como os insetos são tratados em um ambiente limpo e saudável, a empresa acredita que não há nenhum empecilho para o consumo humano. Com a orientação da FAO, a empresa espera que o mercado cresça e se prepara para atender a uma possível demanda. No entanto seu pedido realizado em 2012 para obter a licença no Ministério da Agricultura de comercialização desse tipo de produto até a data atual não obteve resposta. Mas a Nutrinsecta já está montando um quiosque para degustação na fábrica de insetos, em Betim (MG). A empresa contratou um chef de Santa Catarina especialmente para desenvolver pratos como grilo coberto de chocolate –”parece um Bis”–, insetos à milanesa, ou misturados ao macarrão, como um yakisoba. “As crianças que visitam o nosso projeto sempre pedem para experimentar”, diz Gilberto Schickler, sócio da Nutrinsecta e zootecnista.

Desse prato nunca comerei
Agora para aqueles que ficaram com nojo e alegaram que nunca comerão insetos, saiba de um que consumimos diariamente em iogurtes, sorvetes, bolachas e uma serie de alimentos industrializados: A Cochonilha (Dactylopius Coccus) que é um inseto mexicano.
O uso deste corante se popularizou ao descobrir-se  o potencial cancerígeno dos corantes artificiais vermelhos.
Nas embalagens dos produtos seu nome é descrito como Corante natural vermelho 40; Corante Natural Carmim de Cochonilha; INS 120; Corante Natural Ácido Carmínico; Em cosméticos, pode aparecer como CI 7547. São necessários cerca de 70.000 insetos esmagados e fervidos para produzir apenas 450 gramas deste corante.

Há pedaços de inseto na sua comida
É praticamente inevitável que, ao longo de todas as etapas de produção de um alimento industrializado (colheita, processamento, embalagem, etc), ele acabe sendo contaminado por fragmentos de inseto. Tanto é que, no ano passado, a Anvisa publicou uma Consulta Pública para debater limites toleráveis para eles. O documento sugere o seguinte: máximo de 10 fragmentos de inseto a cada 100 g de molho de tomate ou 100 g de chocolate, e até 60 pedaços de inseto em 25 g de café torrado. O padrão ainda está sendo estudado. "Hoje, a legislação brasileira não aceita nenhum pedaço de inseto na comida", informa a Anvisa. Mas os insetos na comida são uma realidade - e você já deve ter ingerido centenas de fragmentos deles sem saber. Fonte: Superinteressante

O site da Micronutris lista 10 motivos para você incluir esses bichinhos na sua dieta. Confira:
  1. Eles são um alimento rico em proteínas e pobres em gordura;
  2. Eles têm qualidades nutricionais importantes e são fontes de vitaminas;
  3. Os insetos são a chave para alimentar os 9 bilhões de habitantes da Terra em 2050;
  4. O impacto ambiental de sua criação é mínimo, emitindo 78 vezes menos CO2 que a criação de bois ou 310 vezes menos CO2 que a criação de porcos;
  5. Eles são uma fonte mais segura de nutrição, já que não desenvolvem as mesmas doenças que nós, humanos;
  6. A criação de insetos é a mais eficiente. 10 kg de alimentos geram 9 kg de insetos ou 1 kg de carne bovina;
  7. Os insetos são uma alternativa à criação intensiva de animais;
  8. A criação de insetos ajuda a manter a biodiversidade;
  9. Os insetos apresentam uma ampla variedade de gostos de formas, com milhares de opções para o consumo;
  10. O consumo de insetos é uma prática antiga. Aristóteles era fã dos bichinhos;

Preparado para provar essas iguarias?

Viscoso, mas gostoso!

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