Litoral Norte de São Paulo |
Algum tempo atras algumas fotos foram amplamente divulgadas na web sobre a quantidade de lixo encontrada no fundo do mar da festa Espicha Verão realizada em março/2010 no Porto da Barra / BA, selecionei algumas fotos para que relembre o resultado da micareta:
Veja mais fotos e a matéria AQUI |
O fato é que todo esse lixo marinho tem causado sofrimento e morte a muitos animais marinhos, que acabam se alimentado ou se enroscando nos materiais que ficam no fundo do mar ou vagando nos oceanos.
De acordo com o Programa Ambiental da ONU, os entulhos plásticos são responsáveis anualmente pela morte de mais de um milhão de pássaros e de cem mil mamíferos marinhos, como baleias, focas, leões-marinhos e tartarugas. As aves marinhas confundem objetos como escovas de dente, isqueiros e seringas com alimento, e diversos deles foram encontrados nos corpos de animais mortos.
É tanto lixo despejado no mar que existe hoje no mínimo 5 ilhas de plástico gigantescas, verdadeiros lixões, boiando no Oceano Pacífico. Elas são formadas por pedaços de plástico arrastados para um ponto de convergência de diversas correntes marinhas e são frutos dos mais de 50 anos de dejetos lançados nos oceanos.
Em 1997, Charles Moore descobriu por acaso o maior vórtice de lixo conhecido como North Pacific Gyre (“Giro do Pacífico Norte”). Ele começa a cerca de 950 quilômetros da costa californiana e chega ao litoral havaiano. Seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados – e não pára de crescer. O acúmulo de detritos ali chega a tal ponto que para cada quilo de plâncton nativo da região contam-se seis quilos de plástico, correntes marinhas impedem que eles se dispersem.
Cerca de 20% dos componentes desses depósitos são atirados ao mar por navios ou plataformas petrolíferas. O restante vem mesmo da terra firme. Leia a matéria sobre este assunto na Revista Planeta.
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Vou transcrever o conteúdo que o site Ecodesenvolvimento citou para solução deste problema.
Pensando estritamente no ambiente praia, a instalação de lixeiras é uma das ações mais elementares que devem ser tomadas pela prefeitura local.
É fundamental que se promova a educação ambiental com os frequentadores da praia no sentido de que passem a jogar o lixo não mais na areia e sim no interior das lixeiras ou dos cinzeiros portáteis.
Incentivos: Existem alguns programas de certificação da qualidade de praias, tais como o programa Bandeira Azul e o programa Seaside Award, que dão um prêmio (uma espécie de certificado de excelência) para aquelas poucas praias onde as pessoas envolvidas (físicas e/ou jurídicas) desenvolveram planos e ações que fazem com que elas apresentem alta qualidade. Entre diversos outros requisitos de qualidade, os dois programas citados acima exigem que, nas praias certificadas, a ocorrência de lixo seja mínima.
Por último, vale lembrar que muitas vezes o lixo que vemos na areia não foi deixado lá pelo usuário da praia, mas sim foi originalmente lançado nas ruas e sarjetas mais afastadas, tendo sido carregado até a praia pela água da chuva, através de canais de drenagem, córregos urbanos ou mesmo rios. Assim, algumas localidades optaram por colocar redes ou grades metálicas nas desembocaduras desses cursos d’água, de forma a reter o lixo, evitando que ele chegue até a praia. A a limpeza periódica dessas grades ou redes é fundamental para que essa técnica dê resultado.
Exemplo de redes e grades utilizadas para a contenção do lixo provenientes de rios e outros cursos d’água Foto: Stormwater Systems |
Se for possível, espalhar a educação ambiental com vizinhos, amigos, incutir a importância da limpeza das praias e preservação da vida marinha.
Bom Feriado ;)
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