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8 de fevereiro de 2014

Brasil fiscaliza agrotóxico só em 13 alimentos, enquanto EUA e Europa analisam 300

ANDREA FREITAS, CLARICE SPITZ E ELIANE OLIVEIRA
Publicado: 30/01/14 - 7h00 Via O Globo

RIO E BRASÍLIA - Num momento em que se disseminam os benefícios de uma alimentação saudável, com frutas, verduras e legumes, especialistas alertam para os riscos dessa opção. Isso porque, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, mas a fiscalização é falha. De 2002 a 2012, o mercado brasileiro de agrotóxicos cresceu 190%. O setor movimentou US$ 10,5 bilhões, em 2013, ano de ouro para a agropecuária, que teve supersafra e preços de commodities em alta. A análise dos alimentos que vão à mesa do consumidor, porém, é bem restrita. No último relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2012, foram analisadas 3.293 amostras de apenas 13 alimentos - 5% do que é avaliado por EUA e Europa. Desses, o resultado de apenas sete foram publicados até agora.
Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), e na Europa, a European Food Safety Authority (EFSA), analisam cerca de 300 tipos de alimentos por ano, inclusive industrializados. No Brasil, produtos como carnes, leite, ovos e industrializados não são sequer pesquisados, apesar de especialistas alertarem que eles podem estar contaminados por agrotóxico.

A Anvisa confirmou que, em 2012, só 13 alimentos foram monitorados, mas informou que a tendência é de expansão do número de culturas. O enfoque do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, explicou, são os itens mais consumidos pela população e importantes na cesta básica. Segundo a Anvisa, o milho está sendo monitorado desde 2012 na forma de fubá, e o trigo passou a ser monitorado na forma de farinha desde 2013, mas o resultado ainda não foi divulgado.
Registro não tem prazo de validade

Dos 50 ingredientes ativos mais utilizados nas lavouras, 22 são proibidos na União Europeia

A falta de fiscalização de agrotóxicos faz parte da série “No país do faz de conta”, iniciada no domingo pelo GLOBO. Hoje, 434 ingredientes ativos e 2.400 formulações de agrotóxicos estão registrados nos ministérios da Saúde, da Agricultura (Mapa) e do Meio Ambiente e são permitidos. Dos 50 mais utilizados nas lavouras, 22 são proibidos na União Europeia. Mato Grosso é o maior consumidor, com quase 20%, segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). O contrabando, sobretudo via Paraguai e Uruguai, de produtos de origem chinesa, sem controle dos aditivos, representa outro problema. E o uso ilegal de agrotóxicos preocupa. O DTT, proibido em todo o mundo, foi achado em 2013 na Amazônia, usado por empresas, segundo o Ibama, para acelerar a devastação de áreas.
Ação da Policia Federal em Uruguaiana/RS em 20/08/2013, foram apreendidos aproximadamente 500 litros e 15 kg de agrotóxicos contrabandeados. Foto Site da Polícia Federal

Sobre os 22 defensivos proibidos, os técnicos da Anvisa explicam que, no país, o registro de agrotóxico não tem prazo de validade. Uma vez concedido, só pode ser retirado ou alterado após reavaliação que mostre mudança no perfil de segurança do produto. A agência iniciou processo de reavaliação em 2008 que resultou, até agora, no banimento de quatro produtos e no reenquadramento de dois.

O custo dos agrotóxicos à saúde é grande. Segundo o professor Fernando Carneiro, da Universidade Brasília, a cada US$ 1 gasto em agrotóxico, há um custo de US$ 1,28 em atendimento ao intoxicado.
- A intoxicação aguda afeta o trabalhador rural e o da fábrica. A crônica atinge o consumidor, que fica mais exposto a doenças como câncer e alterações metabólicas. O Mapa e as secretarias de agricultura têm dinheiro para monitorar e vigiar gado por causa da exportação. Quando se fala em agrotóxicos, não há estrutura nem fiscais.

Para a professora Karen Friedrich, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, da Fiocruz, a fiscalização na carne que chega aos lares deveria ser iniciada o quanto antes:
- A contaminação deve ocorrer em industrializados, como molho de tomate e suco em caixa.
Karen diz que é preciso que os municípios e estados atuem onde ocorre a contaminação e que falta investimento para ampliar a análise, embora a Anvisa “faça milagre com o que dispõe".

Para os trabalhadores rurais, o cenário de fiscalização também é de restrições. Cerca de um quarto das fazendas recenseadas no país em 2006, ou 1.376.217, declaravam usar agrotóxicos. Segundo a Secretaria de Agricultura do Estado do Rio, no ano passado foram autuadas 420 das 680 propriedades rurais fluminenses por irregularidades envolvendo agrotóxicos. Joel Naegele, vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, critica:
- Num país onde o clima favorece parasitas e pragas danosas, não há fiscalização. Há 60 anos acompanho a agricultura e é tudo muito mal feito, papo-furado, ilusões. Se dependermos da ação do governo, estamos num mato sem cachorro.

Para governo, lei é rígida e moderna
O coordenador geral de agrotóxicos e afins do Mapa, Júlio Sérgio Brito, assegura que o sistema de controle é tão avançado quanto os dos principais países do mundo. Segundo Brito, a legislação é "rígida, moderna e profunda". Para ser aprovado para uso agrícola, explica, o produto é avaliado sob os pontos de vista agronômico, de saúde e ambiental.
Eloisa Dutra Caldas, professora de Toxicologia da UnB, diz que o problema está no fato de haver resíduos de agrotóxicos em produtos para os quais seu uso não está autorizado:
- Cerca de 50% das mais de 14 mil amostras analisadas por Anvisa e Mapa até 2010 continham resíduos de pesticidas. Este percentual não é muito diferente do encontrado no resto do mundo.

Henrique Mazotini, presidente da Associação dos Distribuidores de Insumos Agropecuários (Andav), no entanto, reconhece que há desvios:
- Aqui falta gente e infraestrutura. Além disso, o Brasil sucateou sua extensão rural e falta orientação técnica aos produtores.

Frequentadores da feira livre da Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, se mostram preocupados. O aposentado José Barbosa gostaria de saber quais agrotóxicos incidem sobre os alimentos:
- Deveria haver mais informações sobre a produção. Principalmente no caso do morango, que é uma fruta mais sensível, com uma casquinha fina, que absorve muita coisa.
A indústria de defensivos rebate o argumento de que há risco à saúde. O agrônomo Guilherme Guimarães, da Associação Nacional de Defesa Vegetal, diz que a segurança alimentar do consumidor é testada pelos órgãos que liberam os produtos. Quanto ao fato de que o Brasil ainda tem agrotóxicos já banidos no exterior, ele diz que isso se deve ao clima e a adversidades.
O Ibama diz que aplicou R$ 14,5 milhões em multa em 2013, a maior parte na apreensão de produtos ilegais importados.

15 de julho de 2013

Lixo plástico oceânico abriga vida secreta

Cientistas descobriram que os resíduos plásticos que poluem os oceanos estão servindo de casa para uma comunidade microbiana batizada de "Plastisphere"

Imagem: SEA Sea Education Association
Conhecida há mais de meio século, a poluição marinha por lixo plástico é um problema ambiental que não para de crescer. Mas um novo estudo, publicado no periódico Environmental Science & Technology, indica que esses resíduos abrigam uma vida secreta.

Os cientistas descobriram que uma multidão variada de microrganismos colonizam e prosperam nessas ilhas submarinas de plástico, representando uma nova comunidade microbiana batizada de “Plastisphere”.

Habitantes do “plastisphere” incluem bactérias patológicas do grupo vibrião, causadoras de cólera e perturbações gastrointestinais, além de micróbios conhecidos por quebrar as ligações de hidrocarbonetos do plástico, ajudando no processo de biodegradação desse material.

Realizada em colaboração por três instituições americanas – o Sea Education Association (SEA), o Marine Biological Laboratory e Woods Hole Oceanographic Institution – a pesquisa analisou pequenos detritos plásticos (alguns de milímetros) encontrados em redes de pesca em vários locais ao norte do Oceano Atlântico nas navegações científicas.

Utilizando técnicas de microscopia eletrônica e de sequenciação de gene, os pesquisadores encontraram pelo menos 1000 diferentes tipos de células de bactérias em amostras do plástico, incluindo muitas espécies individuais não identificadas, que incluíam plantas, algas e bactérias que produzem seu próprio alimento.

Segundo os cientistas, os organismos que habitam a “plastisphere” são diferentes daqueles encontrados na água do mar em outros materiais flutuantes, como madeiras e microalgas. Os plásticos oferecem condições diferentes, incluindo a capacidade de durar muito mais tempo sem degradar, o que indica que eles atuam como recifes artificiais microbianos, selecionando micróbios distintos, dizem os pesquisadores.

Como um novo habitat ecológico, o “platisphere” levanta uma série de perguntas, que deverão nortear as pesquisas daqui pra frente, de acordo com os cientistas. Como ele vai mudar as condições ambientais para outros microrganismos marinhos? Será que no ecossistema global do oceano, essa nova comunidade pode afetar organismos maiores? Como eles estão alterando esse ecossistema, e qual é o destino final dessas partículas no oceano? A conferir.
Fonte: Exame

Leia Mais sobre as ilhas de plástico, lixões marinhos do tamanho do estado de Minas Gerais, Espirito Santo e Rio de Janeiro. 

29 de abril de 2013

Documentário O Veneno Está na Mesa



Texto de Ederson Leonardo Soares em FlogVip Guto Lopes

Os agrotóxicos foram desenvolvidos na Primeira Guerra Mundial e utilizados mais amplamente na Segunda Guerra Mundial como arma química. Com o fim da guerra, o produto desenvolvido passou a ser utilizado como "defensivo agrícola".

O primeiro veneno, o composto orgânico DDT, foi sintetizado em 1874 por Othomar Zeidler, porém só em 1939 Paul Muller descobriu suas propriedades inseticidas. Pela descoberta e posterior aplicação do DDT no combate a insetos, Muller recebeu o prêmio Nobel de química em 1948. O DDT era então a grande arma para acabar com o inseto propagador da malária, até que descobriu-se que ele como todos os compostos organoclorados é cancerígeno, teratogênico e cumulativo no organismo.

No pós-guerra, os vencedores articularam uma expansão dos seus negócios a partir das indústrias que haviam se desenvolvido durante o conflito, e entre elas a indústria química. Na Europa havia fome. Foi então que surgiu a "revolução verde", que visava promover a agricultura, gerando comida para os famintos do mundo.

A "revolução verde" chegou ao Brasil em meados da década de 60. Foi implantada através de imposição das indústrias de venenos e do governo brasileiro: o financiamento bancário para a compra de semente só saia se o agricultor comprasse também o adubo e o agrotóxico.

Esta política levou a uma grande contaminação ambiental, sem que a fome fosse extinta. Hoje, 1/5 das crianças não ingerem a quantidade suficiente de calorias e proteínas que necessitam. E cerca de 2 bilhões de pessoas terceira parte de humanidade sofrem de anemia. A cada ano 30 milhões de pesssoas morrem de fome no mundo e 800 milhões sofrem de subalimentação crônica.

Enquanto alguns países, principalmente da Europa, tentam reverter o duro quadro de degradação ambiental e contaminação dos alimentos, no Brasil a situação se agrava a cada ano. Em 1970, fábricas obsoletas foram transferidas para o Brasil, que está entre os 5 maiores consumidores de venenos na agricultura no mundo.

Estima-se que no ano passado foram vendidos no país cerca de US$ 2 bilhões de agrotóxicos, aproximadamente 400 mil toneladas.

A degradação do meio ambiente tem consequências a longo prazo e seus efeitos podem ser irreversíveis. Em escala planetárias, existem mais de 2 trilhões de toneladas de resíduos industriais sólidos e cerca de 350 milhões de toneladas de detritos gerados por ano.

A utilização de agrotóxicos está comprometendo toda a humanidade e a vida na Terra. Os trabalhadores que manuseiam os venenos trabalham sem nenhuma proteção, como botas, macacões, máscaras, capacetes, luvas e outros equipamentos. Não existe orientação e falta conhecimento do que fazer com resíduos e embalagens. O governo brasileiro nunca fez valer a lei de agrotóxicos que, entre outros aspectos, proíbem a comercialização de produtos que sejam cancerígenos, mutagênicos e teratogênicos.

Atualmente, o controle dos agrotóxicos deve ser feito pelo Ministério da Saúde e a questão ambiental para o Ibama. O governo quer passar tudo para o Ministério da Agricultura.

Os agrotóxicos podem ser divididos em inseticidas e herbicidas. Os inseticidas formam 3 grandes grupos, os organoclorados, os organofosforados e carbamatos e as piretrinas. Os herbicidas têm como grupos mais importantes Paraquat, clorofenoxois e dinitrofenóis.

Os organoclorados são os que mais persistem no meio ambiente, chegando a permanecer por até 30 anos. São absorvidos por via oral, respiratória e dérmica, e atingem o sistema nervoso central e periférico. Provocando câncer e por isso foram banidos de vários países.

Os organofosforados e carbamatos são inseticidas mais utilizados atualmente a também são absorvidos pelas vias oral, respiratória e dérmica. Seus efeitos são alteração do funcionamento dos músculos cérebro e glândulas.

As piretrinas são inseticidas naturais ou artificiais. São instáveis à luz e por isso não se prestam à agricultura. São usados em ambientes domésticos na forma de spray, espirais ou em tabletes que se dissolvem ao aquecimento. São substâncias alergizantes e desencadeiam crises de asma e bronquites em crianças.

O herbicida Paraquat oferece grande risco. É um herbicida que mata todos os tipos de plantas. A substância determina lesões de Rim e se concentra nos Pulmões, causando fibrose irreversível.


Leia Mais Sobre 
Como Fazer Agroecologia
http://dosedesustentabilidade.blogspot.com.br/2013/04/como-fazer-agroecologia.html

Encontre feiras de produtos orgânicos em todo o Brasil
http://dosedesustentabilidade.blogspot.com.br/2013/04/Encontrar-Feiras-Organicas-no-Brasil.html

25 de fevereiro de 2013

AGRICULTURA CONVENCIONAL E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

Na agricultura antiga consolidou-se um modelo de produção conhecido como "agricultura moderna" ou "convencional", que é a combinação de várias técnicas que em conjunto formam o que se denomina "pacote tecnológico", como o uso de variedades de alto rendimento, cultivadas necessariamente a partir da aplicação intensiva de adubação química, combinado à aplicação sistemática de agrotóxicos, em processos de trabalho majoritariamente mecanizados (ALTAFIN,1999).
Após algumas décadas de implantação, o padrão convencional de agricultura tem se mostrado insustentável, não só pelo aumento da pobreza e o aprofundamento das desigualdades, mas também pelos impactos ambientais negativos causados pelo desmatamento continuado, pela redução dos padrões de diversidade preexistentes, pela intensa degradação dos solos agrícolas e contaminação química dos recursos naturais, entre tantos outros impactos (ALTIERI, 2000, p.8).
O quadro de insustentabilidade deste modelo agrava-se ainda mais quando considera-se as tendências históricas das últimas décadas que mostram uma crescente elevação do custo de produção, grande parte pelos altos custos dos insumos agrícolas, associada à queda real dos preços pagos aos produtores. (id., p. 8).
Simultaneamente ao aumento dos investimentos em novas tecnologias para aprimorar, ainda mais, o padrão produtivo da "Revolução Verde", surgem as preocupações relacionadas aos impactos sócio-ambientais e econômicos desse padrão tecnológico. Em quase todos os países do mundo, sobretudo nos Estados Unidos, alguns países da União Européia e no Japão, crescem as preocupações dos consumidores com a qualidade dos produtos consumidos e com os impactos sócio-ambientais adversos dos métodos de produção convencional. Associa-se à segurança alimentar o conceito de rastreabilidade do produto, que significa descrever em sua embalagem toda a cadeia produtiva do mesmo, ou seja, onde e como foi produzido e processado e outras informações que garantam ao consumidor a qualidade desejada (Preços Agrícolas, 1999, p. 8).
As taxas de crescimento do mercado de produtos orgânicos indicam a existência de um anseio, de expressiva parcela da sociedade, por um novo modelo de desenvolvimento, que se preocupe com as pessoas, com os recursos naturais e com a produção em longo prazo. Porém, as dificuldades de aplicação do conceito de sustentabilidade na agricultura, seja pela escassez de conhecimento científico ou pela falta de acesso a tal conhecimento, levam a crer que a transição para o padrão sustentável venha a acontecer em longo prazo, paralela ao declínio do padrão dominante e ao aumento da pressão por alimentos mais saudáveis (MMA, 2000, p. 13).
Sistema Agroflorestal sustentável - Girassol com Milho.
No campo científico, uma das principais dificuldades apontadas por Ehlers (1999, p. 110)
para a mudança de paradigma na agricultura está relacionada a dificuldade de compreender os sistemas agrícolas sob uma visão sistêmica, mais ampla, que integre os diversos componentes do agroecossistema. Para o autor, a agricultura sustentável exige soluções específicas para cada agroecossistema, tendo como pressupostos básicos a integração do ambiente com a sociedade. Isso significa uma visão muito diferente do conjunto de práticas do pacote tecnológico do paradigma dominante. Para sistematizar-se as principais diferenças entre o paradigma da agricultura convencional e o paradigma da agricultura sustentável, utilizou-se as seis maiores dimensões desses dois paradigmas, como descrito por Beus e Dunlap (1990, p. 597).

Elementos contrastantes dos dois paradigmas, adaptado de Beus e Dunlap, 1990.
Parte de texto extraído do Trabalho:”Reserva legal e gestão ambiental da propriedade rural: um estudo comparativo da atitude e comportamento de agricultores orgânicos e convencionais do distrito federal”. Liliane Miranda Joels. Zootecnista, especialista em Metodologia de Avaliação de Impacto Ambiental e mestra em Geografia - Gestão Ambiental, pela Universidade de Brasíla-UnB. Disponível em: http://www.planetaorganico.com.br/

ALTAFIN, Iara. Meio Ambiente e Modernização Agrícola no Brasil. In: XXXVII CONGRESSO 
BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL: O AGRONEGÓCIO DO MERCOSUL E A 


  • SUA INSERÇÃO NA ECONOMIA MUNDIAL (1999: Foz do Iguaçu). Anais : Danilo R. D. 
  • Aguiar & J.B. Pinho, 199

  • ALTIERI, Miguel. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 2. ed. Porto Alegre : Ed. Universidade /UFRGS, 2000
    BEUS, Curtis E. ; DUNLAP, Riley E. Conventional versus alternative agriculture: the paradigmatic roots of the debate. In: Rural Sociology v. 55(4), p. 590 – 616, 1990
    BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Consórcio Museu Emílio Goeldi. Agricultura sustentável : subsídio à elaboração da Agenda 21 brasileira. Brasília, IBAMA, 

  • 2000

  • EHLERS. Eduardo. Agricultura sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. 2. ed. Guaíba: Agropecuária, 1999.


    6 de setembro de 2012

    Feriado + praia = muito lixo que vai parar no mar

    Litoral Norte de São Paulo
    Os problemas com a quantidade alarmante de lixo deixada nas areias das praias brasileiras é um assunto antigo. A grande concentração de turistas em feriados, festas ou férias costuma ter impacto nas areias da praia local e toda a sujeira deixada ali é carregada pelas ondas para o oceanos, afetando os organismos marinhos e causando grande poluição.

    Algum tempo atras algumas fotos foram amplamente divulgadas na web sobre a quantidade de lixo encontrada no fundo do mar da festa Espicha Verão realizada em março/2010 no Porto da Barra / BA, selecionei algumas fotos para que relembre o resultado da micareta:
    Veja mais fotos e a matéria AQUI

    O fato é que todo esse lixo marinho tem causado sofrimento e morte a muitos animais marinhos, que acabam se alimentado ou se enroscando nos materiais que ficam no fundo do mar ou vagando nos oceanos.
    De acordo com o Programa Ambiental da ONU, os entulhos plásticos são responsáveis anualmente pela morte de mais de um milhão de pássaros e de cem mil mamíferos marinhos, como baleias, focas, leões-marinhos e tartarugas. As aves marinhas confundem objetos como escovas de dente, isqueiros e seringas com alimento, e diversos deles foram encontrados nos corpos de animais mortos.

    É tanto lixo despejado no mar que existe hoje no mínimo 5 ilhas de plástico gigantescas, verdadeiros lixões, boiando no Oceano Pacífico. Elas são formadas por pedaços de plástico arrastados para um ponto de convergência de diversas correntes marinhas e são frutos dos mais de 50 anos de dejetos lançados nos oceanos.
    Em 1997, Charles Moore descobriu por acaso o maior vórtice de lixo conhecido como North Pacific Gyre (“Giro do Pacífico Norte”). Ele começa a cerca de 950 quilômetros da costa californiana e chega ao litoral havaiano. Seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados – e não pára de crescer. O acúmulo de detritos ali chega a tal ponto que para cada quilo de plâncton nativo da região contam-se seis quilos de plástico, correntes marinhas impedem que eles se dispersem.
    Cerca de 20% dos componentes desses depósitos são atirados ao mar por navios ou plataformas petrolíferas. O restante vem mesmo da terra firme. Leia a matéria sobre este assunto na Revista Planeta.

    Clique para ampliar.
    Como fazer a gestão do lixo deixado nas praias?

    Vou transcrever o conteúdo que o site Ecodesenvolvimento citou para solução deste problema.

    Pensando estritamente no ambiente praia, a instalação de lixeiras é uma das ações mais elementares que devem ser tomadas pela prefeitura local.

    É fundamental que se promova a educação ambiental com os frequentadores da praia no sentido de que passem a jogar o lixo não mais na areia e sim no interior das lixeiras ou dos cinzeiros portáteis.

    Incentivos: Existem alguns programas de certificação da qualidade de praias, tais como o programa Bandeira Azul e o programa Seaside Award, que dão um prêmio (uma espécie de certificado de excelência) para aquelas poucas praias onde as pessoas envolvidas (físicas e/ou jurídicas) desenvolveram planos e ações que fazem com que elas apresentem alta qualidade. Entre diversos outros requisitos de qualidade, os dois programas citados acima exigem que, nas praias certificadas, a ocorrência de lixo seja mínima.

    Por último, vale lembrar que muitas vezes o lixo que vemos na areia não foi deixado lá pelo usuário da praia, mas sim foi originalmente lançado nas ruas e sarjetas mais afastadas, tendo sido carregado até a praia pela água da chuva, através de canais de drenagem, córregos urbanos ou mesmo rios. Assim, algumas localidades optaram por colocar redes ou grades metálicas nas desembocaduras desses cursos d’água, de forma a reter o lixo, evitando que ele chegue até a praia. A a limpeza periódica dessas grades ou redes é fundamental para que essa técnica dê resultado.


    Exemplo de redes e grades utilizadas para a contenção do lixo provenientes de rios e outros cursos d’água
    Foto: Stormwater Systems
    Cabe a nós como individuo fazer nossa parte, levando uma sacola para os resíduos do que for consumido na praia e depositar os sacos de lixo em local apropriado e não largá-lo na areia, onde as marés podem arrastar os detritos e sacolas de lixo para o mar antes de serem coletados.
    Se for possível, espalhar a educação ambiental com vizinhos, amigos, incutir a importância da limpeza das praias e preservação da vida marinha.

    Bom Feriado ;)

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