Falta de fiscalização, expansão agrícola e clima mais seco está favorecendo a propagação de queimadas.
Queimada criminosa na Serra da Canastra |
A expansão agropecuária é causa de queimadas principalmente na fronteira sul da Amazônia e na região central do Brasil, avalia o especialista. "A expansão da soja e de outras culturas ainda está ocorrendo. Com a questão do Código Florestal, que vai definir as áreas de desmate, muita gente está pensando que vai ser anistiada se desmatar. Você percebe uma consequência desta discussão no uso do fogo" para limpar as fazendas, diz pesquisador do Inpe Alberto Setzer, responsável pelo monitoramento de queimadas.
A atitude "criminosa" de realizar queimadas causa multas que quase nunca são pagas, avalia Setzer. O pesquisador pondera que a fiscalização é importante, mas que precisa ser feita com mais rigor.
"O Ibama e outras instituições têm aplicado multas significativas para os criminosos. Só no ano passado, foram mais de R$ 1 bilhão. Por outro lado, o que foi arrecadado com multas foi mínimo perto disso. As pessoas cometem o crime, são multadas e não pagam. Elas acham uma forma de contornar esta situação", reflete o cientista.
No Piauí, o número de focos de incêndios cresceu 112% em relação ao mesmo período de 2011, de acordo com dados do Inpe. O Corpo de Bombeiros está monitorando as áreas e estipulou punições que variam de multas de R$ 300 a R$ 1 mil por hectare queimado, além de prisão por crime ambiental.
Para o secretário executivo do Comitê Gestor, major Ramon Barbosa, a baixa umidade do ar (abaixo de 15%), as altas temperaturas (de 35°C a 39°C) e os ventos velozes têm colaborado para os números expressivos. Entre os municípios em situação mais crítica estão Alto do Araguaia e Chapada dos Guimarães. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e do site G1.
Além de destruir grandes hectares de parques nacionais, reservas florestais etc, veja como a queimada é improdutiva: Queimadas agrícolas provocam prejuízos ao solo e à produção
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